quarta-feira, novembro 15, 2006

Que Brasil queremos ? 2º parte

Fazendo uma rápida analogia com a eleição e a reeleição de FHC e a eleição e a reeleição de LULA, podemos constatar algumas semelhanças, onde ambos sustentaram seus governos apresentando índices de controle da inflação, estabilidade, saldo positivo na balança comercial, aumento do poder de compra das diversas camadas sócias e uma forte rede de proteção social. Na política externa observamos a manutenção da lógica dominante de integração das economias nacionais ao ciclo liberalizante ou popularmente conhecido como globalização. Neste ponto podemos verificar alguma diferença, enquanto PSDB defende um alinhamento do Brasil as economias centrais, em especial os EUA, fortalecendo a ALCA, o primeiro governo LULA investiu no fortalecimento do bloco regional, MERCOSUL, e na construção de um bloco com economias emergentes, China, Índia, África do Sul, para aumentar a capacidade de negociação e pressão nos paises centrais dentro dos organismos internacionais. Poderíamos expressar as duas orientações da seguinte forma: integração subordinada (FHC) e integração soberana (LULA).
Esta integração mundial teve um custo, o país precisou passar por um processo de reformas liberalizantes que se iniciou no governo Collor, passou por Itamar, se aprofundou em FHC e agora entra em nova fase no período LULA.
A primeira fase de reformas atingiu fundamentalmente a economia e se realizou nos oito anos de Governo FHC, tendo como carro chefe o processo de privatização das estatais rentáveis e o controle da inflação. No primeiro mandato de LULA a manutenção da política econômica, que pese a redução gradual de juros, ampliação da rede de proteção social e a flexão, tática, na política externa resumem sua ação. Privatizações quase não aconteceram, mas fica para o segundo mandato, mantendo a lógica de integração mundial, a imposição das reformas trabalhistas, sindical, política, previdenciária. A pergunta que fica no ar é: O conteúdo dessas reformas acompanhará a lógica liberalizante de restrição de direitos para desonerar o capital?

segunda-feira, outubro 02, 2006

ELEIÇÕES ¨2006

Que Brasil queremos ? 1° parte

Segundo turno foi a opção que o eleitor fez no último domingo. O que significa esta escolha ? No mínimo mais clareza das diferenças entre Lula e Alckim. Podemos levar em consideração que a ausência do debate tenha sido o motivo do segundo turno, mas seria uma explicação um tanto quanto simples para o paradoxo que vivemos, afinal, em todos os debates, de 1989 até hoje, o candidato que estava à frente das pesquisas não compareceu a nenhum debate no primeiro turno. Única exceção foi o próprio Lula, em 2002, que estava na frente e compareceu aos debates e agora rompeu com sua trajetória.
A outra hipótese é a questão moral e ética, que foi tão badalada nos ultimos dois anos, como se da noite pro dia o Brasil tivesse descoberto a corrupção. A frase principal de Lula era: "- nunca se fez tanto pelo Brasil como no meu governo"; a opsição retrucava: "- nunca se roubou tanto como agora". As velhas raposas politicas perceberam que, com os erros cometidos pela nova elite política, poderiam descostruir Lula e seu partido, manipulando a opinião publica, aproveitando o fato da imprensa, diariamente, abordar assuntos relacionados ao tema corrupção, como se fossem "anjos", "padres", "madres" pregando a moral e os bons costumes dentro do prostíbulo.
O que ninguem percebe, e os defensores desta postura são os primeiros a defender esse cinismo, é que ao estabelecer como questão central o debate sobre ética na política, as questões relacionadas a qual projeto nacional, desenvolvimento x crecimento, politica externa, educação, saúde, segurança, etc, ficam em segundo plano; alguns dirão: "isso vai acontecer no segundo turno". Isto deveria acontecer no primeiro turno, isto sim seria respeitar a democracia, todos debaterem suas idéias e o eleitor escolher, mas foi imposto o debate sobre quem é mais ou menos corrupto, de quem é mais ou menos ético. A possibilidade de escolha foi pequena, ética não é debate, medalha ou coisa do gênero, é prática, ainda mais sobre um tema que não possue valor universal.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Aqui vou receber amigos, companheiros, camaradas, conhecidos, desconhecidos, enfim qualquer pessoa interessada em debater, sobre qualquer assunto.