Começa 2016 e entra na agenda política
as eleições para prefeito e vereador. A crise econômica não sai da agenda e a
crise política continua emitindo sinais de fumaça, a guerra vai continuar.
A crise econômica atual pode ser
comparada a de 30 e pode ser mais grave, segundo alguns analíticas econômicos, com
isso a possibilidade de aumentar a pressão social é real. Aumento da passagem
dos transportes de massa é só a ponta do iceberg. Um milhão de trabalhadores
perderam seus postos de trabalho. A redução do PIB, desemprego e aumento de salários
apenas repondo a inflação. Se não fosse suficiente as Empresas da Lava Jato
devem cerca de 1 trilhão, o que aponta para uma possível crise bancária. Para
enfrentar a crise a direita tem pauta: reforma da previdência, desvinculação
dos gastos constitucionais da área social e afastar Dilma da presidência da
República.
A pergunta, já conhecida de todos,
é “o que fazer?”.
A direita já tem resposta. E o
campo progressista, qual a resposta? A esquerda chegou ao poder, pela eleição
de Lula (2 mandatos) e Dilma (2 mandatos) para construir um ciclo de
desenvolvimento nacional progressista, ou seja, fortalecimento da soberania
nacional, interação econômica, política e cultural com os países da América Latina,
investir no mercado interno e promover uma larga inclusão social, isto tudo nos
marcos do sistema capitalista. Ocorre que a máxima – política é correlação de
forças - sempre é usada para justificar
as concessões que nosso campo faz aos neoliberais e aos nossos aliados “produtivistas”,
mas quando o calo aperta, a pressão das ruas é imediatamente acionada para
barrar as diversas tentativas de golpes institucionais.
De olho na recessão o BC mantém a
taxa de juros, não aumenta e não baixa. É esse o rumo? Hoje nosso campo precisa
dar duas respostas, uma conjuntural para crise econômica, outra política
eleitoral para correlação de forças. As duas se articulam em 2016 e para 2018. Quem serão nossos aliados? Só não vê quem não
quer?